Jorge Antunes

Sobre

Jorge Antunes começou seus estudos musicais em 1958 e em 1960 ingressou na Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil (atual UFRJ), onde se formou em violino, composição e regência.

Em 1961 se destacou como precursor, no Brasil, da música eletrônica, ao mesmo tempo em que ingressava no curso de Física da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi).

Em 1969-1970 realizou estudos pós-graduados em composição no Instituto Torcuato Di Tella de Buenos Aires, sob a orientação de Alberto Ginastera, Luis de Pablo, Eric Salzman, Umberto Eco, Francisco Kröpfl e Gerardo Gandini.

Em 1970 ele continuou suas pesquisas no Instituto de Sonologia da Univesidade de Utrecht, com uma bolsa do governo holandês, e em 1971/73 ele ganhou uma bolsa do governo francês para um curso de aperfeiçoamento no Groupe de Recherches Musicales de l’ORTF, onde atuou como compositor-estagiário sob a orientação de Pierre Schaeffer, Guy Reibel e François Bayle. No mesmo período iniciou o Doutorado em Estética Musical na Sorbonne, Universidade de Paris VIII, tendo Daniel Charles como orientador.

Em 1973 Antunes ingressou como professor na Universidade de Brasília. Em março de 2011 aposentou-se, mas continua vinculado à UnB, atualmente como Pesquisador Sênior e Professor Orientador da Pós-Graduação. Obteve vários prêmios nacionais e internacionais e tem suas obras permanentemente programadas em concertos e festivais na Europa. Tem vários CDs e livros publicados e seu nome é verbete em todas as importantantes enciclopédias musicais.

Antunes é membro efetivo eleito e vitalício da Academia Brasileira de Música e presidente da Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica. Seu catálogo conta com mais de 200 obras, escritas para todos os tipos de formação: óperas, música eletroacústica, câmera, orquestra, etc. Tem vários CDs e DVDs de suas obras publicados. Suas obras são publicadas por importantes editoras internacionais: Edizioni Suvini Zerboni, Breitkof&Hartell, Salabert, Zimmerman, Sistrum e Billaudot.

Em 2012 recebeu várias homenagens de instituições e de orquestras, pelos seus 70 anos. Também em 2012 Antunes comemorou 50 anos de atividade de compositor. Foi homenageado pela Escola de Música da UFRJ, pelo Festival Música Nova de Ribeirão Preto, pela Universidade Nova de Lisboa, pelo Coro de Câmara de Brasília, pelo Clube de Jazz Porgy&Bess de Viena, pela Embaixada do Brasil em Berlim, pela Casa Thomas Jefferson de Brasília, pela Academia Brasileira de Música e pela Fundação Felicia Blumental de Tel Aviv. Em outubro de 2012 fez turnê de concertos na Alemanha, Viena e Israel. No próximo dia 16 de novembro será homenageado.

Em 2013 Jorge Antunes tem sua ópera Olga programada no III Festival de Ópera de Brasília, organizado pela Secretaria de Cultura do DF e pela Orquestra do Teatro Nacional de Brasília. Em maio de 2013 a gravadora Pogus, de Nova York, publicou novo CD com obras de Antunes. Em 2013 recebeu o Premio Ibermusicas, atuando como compositor-residente, durante os meses de agosto e setembro, no CMMAS, em Morelia, México.

Em 2014 Jorge Antunes recebeu o Premio Funarte, de encomenda de uma nova obra sinfônica, e o Prêmio ARSC, USA, por seu projeto de recuperação de obras de Villa-Lobos. Ainda em 2014, foi estreada sua nova ópera “A Cartomante”, na programação do IV Festival de Ópera de Brasília. Nesse mesmo ano o Estado brasileiro lhe concedeu anistia política e uma indenização financeira, pedindo-lhe desculpas pelas perseguições por ele sofridas durante a ditadura militar dos anos 1970, e que resultou em seu auto-exílio no exterior. Também em 2014, a Universidade de Brasília o homenageou, lhe concedendo o troféu “Parceiro da Imprensa-UnB Edição 2014”.

Em 2016 ganhou o Prêmio Funarte, com encomenda de obra para a Bienal de Música Brasileira Contemporânea de 2017. Também em 2016 encenou suas Duas Minióperas para Crianças, O Rei de uma Nota Sol e A Borboleta Azul, com apoio do FAC-DF, nos Teatrs do SESC de Taguatinga e no Teatro da ADUnB (UnB). Ainda em 2016 recebeu encomenda do Theatro São Pedro, de São Paulo, para compor uma ópera com libreto baseado em conto de Machado de Assis: O ESPELHO. Essa ópera será estreada em 15 de março de 2017, no Theatro São Pedro, com 3 récitas: 15, 17 e 19 de março.

Em 2020 ganhou o Prêmio Icatu, recebendo encomenda para composição da ópera Leopoldina, com residência artística na Cité Internationale des Arts, Paris, de 2020 a 2022.

Em 2022 recebeu apoio do FAC-DF (Fundo de Apoio Cultural do Distrito Federal, para compor a ópera Marielle. Essa ópera será estreada em Brasília em julho de 2025.